SEGUNDA PARTE
Após ter tentado numerosos métodos de abordagem com Luna, sem sucessos, descobrimos o programa americano “Son-Rise”. Este método inovador foi criado por pais, para pais e profissionais.
O nosso primeiro contacto com o “Son-rise” foi feito pelo site:
http://www.autismtreatmentcenter.org, ai pedimos para receber informações. Pouco tempo depois de ter recebido as informações, eles entraram em contacto connosco. Foi ai que fiquei “seduzida” pelo programa. Porquê?
Porque pela primeira vez desde do dia que soube que a Luna era autista, falei com uma pessoa, ela mesma pai de um menino autista, que me diz que o autismo não era o fim do mundo, que não era uma sentença de vida, que havia volta a dar, que eu não podia perder a esperança.
Se eu acreditei na altura?
Bem, primeiro pensei que ele estava a “vender o produto ”, mas depois de 30mn a falar com ele, deu para reconhecer todos os sinais que este homem não estava a fingir, era mesmo pai de um menino autista (
entre pais de meninos autistas, só precisamos de falar meias palavras, que já sabemos o que o outro está a tentar nos dizer. A nossa realidade é igual).
Assim ele convenceu-me a tentar, a acreditar, e, foi aí que a aventura começou.
Registei-me para o 1º curso, o “Son-rise start up”, e hoje em dia, penso que foi a melhor coisa que eu fiz para a minha filha, e para mim.
Em Portugal ainda não credenciam o método son-rise, por isso, todas as despesas necessárias para a realização do programa são pagas por nós.
Foi com ajuda financeira do “autism treatment center of América” e dos nossos familiares que conseguimos ir às 2 primeiras formações - “start up” " maximum impact".
• O “start up” ensinou-me a conceber e instaurar um programa em casa centrado na Luna. Foi aí que eu aprendi mais sobre mim própria, sobre a minha filha. Conheci pais de vários países (
tinha lá pessoas de França, Espanha, Inglaterra, Brasil, Austrália). Foi maravilhoso, adorei, aprendi muito.
• E o " maximum impact" ajudou-me a ir para frente com o programa da Luna, definir objectivos e os meios para os atingir. Foi muito bom para se voltar a por “em dia”.
(organizar o dia-a-dia da casa, do ambiente que a rodeia, das tarefas, das brincadeiras ...)
Hoje em dia a Luna tem a sala dela
(“o playroom “) adora estar lá, fizemos grandes progressos desde o início da nossa aventura “no mundo da Luna”.
As pessoas e terapeutas que a conheciam antes de começar o son-rise notam uma evolução enorme.
Mas como mãe preocupada
(que sou) com sua criança, quero ir mais adiante, e dar à minha menina todas as possibilidades de viver uma vida o mais normal possível e realizar o simples sonho de poder, um dia, ter uma conversa com a Luna…