VAMOS AJUDAR A LUNA

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Luna Gomes Costa Lobo

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domingo, 29 de novembro de 2009

A Luna e o “Son-Rise”

SEGUNDA PARTE

Após ter tentado numerosos métodos de abordagem com Luna, sem sucessos, descobrimos o programa americano “Son-Rise”. Este método inovador foi criado por pais, para pais e profissionais.

O nosso primeiro contacto com o “Son-rise” foi feito pelo site: http://www.autismtreatmentcenter.org, ai pedimos para receber informações. Pouco tempo depois de ter recebido as informações, eles entraram em contacto connosco. Foi ai que fiquei “seduzida” pelo programa. Porquê?

Porque pela primeira vez desde do dia que soube que a Luna era autista, falei com uma pessoa, ela mesma pai de um menino autista, que me diz que o autismo não era o fim do mundo, que não era uma sentença de vida, que havia volta a dar, que eu não podia perder a esperança.

Se eu acreditei na altura?

Bem, primeiro pensei que ele estava a “vender o produto ”, mas depois de 30mn a falar com ele, deu para reconhecer todos os sinais que este homem não estava a fingir, era mesmo pai de um menino autista (entre pais de meninos autistas, só precisamos de falar meias palavras, que já sabemos o que o outro está a tentar nos dizer. A nossa realidade é igual).

Assim ele convenceu-me a tentar, a acreditar, e, foi aí que a aventura começou.

Registei-me para o 1º curso, o “Son-rise start up”, e hoje em dia, penso que foi a melhor coisa que eu fiz para a minha filha, e para mim.

Em Portugal ainda não credenciam o método son-rise, por isso, todas as despesas necessárias para a realização do programa são pagas por nós.

Foi com ajuda financeira do “autism treatment center of América” e dos nossos familiares que conseguimos ir às 2 primeiras formações - “start up” " maximum impact".

• O “start up” ensinou-me a conceber e instaurar um programa em casa centrado na Luna. Foi aí que eu aprendi mais sobre mim própria, sobre a minha filha. Conheci pais de vários países (tinha lá pessoas de França, Espanha, Inglaterra, Brasil, Austrália). Foi maravilhoso, adorei, aprendi muito.

• E o " maximum impact" ajudou-me a ir para frente com o programa da Luna, definir objectivos e os meios para os atingir. Foi muito bom para se voltar a por “em dia”. (organizar o dia-a-dia da casa, do ambiente que a rodeia, das tarefas, das brincadeiras ...)

Hoje em dia a Luna tem a sala dela (“o playroom “) adora estar lá, fizemos grandes progressos desde o início da nossa aventura “no mundo da Luna”.

As pessoas e terapeutas que a conheciam antes de começar o son-rise notam uma evolução enorme.

Mas como mãe preocupada (que sou) com sua criança, quero ir mais adiante, e dar à minha menina todas as possibilidades de viver uma vida o mais normal possível e realizar o simples sonho de poder, um dia, ter uma conversa com a Luna…

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

A história da Luna


Chegou o momento de vos falar da história da Luna… (que só esta a começar…).

Todas as histórias têm um princípio, um desenrolar, e um final. Gostaria como mãe que a história real da minha Luna termina-se como um conto de fadas… “e viveram felizes para sempre”. É por isso que eu vou procurando informações, contactos, terapias, especialistas, ajuda, enfim, tudo que directa ou indirectamente se associe ao autismo.

Numa primeira parte, vou vos contar a história da Luna e da nossa descoberta do autismo, O maravilhosos mundo da Luna.

Na segunda falarei do nosso projecto, do nosso sonho, o nosso objectivo que é levar a Luna aos E.U.A. fazer o programa intensivo do son-rise, e de tudo que já estamos a realizar, (com muita ajuda), para tornar o sonho realidade.

Desde já, obrigada e boa leitura:


PRIMEIRA PARTE



A HISTÓRIA DA LUNA


1. A Luna é uma menina feliz, brincalhona, verdadeira, pura, linda, autista; (sim, sim, sou mãe babada), nasceu em Portugal, dia 16 de Maio de 2003, 3.148kg, 48 cm, um bebé saudável. Os 4 mês de vida fomos viver para a Inglaterra onde trabalhava o papa. (pois, o Armando é o papá e eu a mamã, lol!)

A meu ver, a Luna, em bebé, teve uma evolução normal, com altura e peso sempre acima da média (Hoje com 6 anos já mede 1m31 para 30 kg…esta quase do meu tamanho, aiai!!)


2. Por volta dos 18 mês, ela entrou num processo regressivo. Foi perdendo as palavras (já dizia mamã, papá, água, bi…) e as brincadeiras que tinha aprendido até então. Na altura, pensamos que era devido as mudanças que tinha acontecido:

• Os tios da Luna e a prima Erika que viviam connosco à mais de 1 ano tinham voltado para Portugal e a tia Nina e a Prima Denise já se tinha mudado para um apartamento.

• A Luna entrou para o infantário e não se adaptou, passava os dias a chorar. Ao fim de uma semana fomos aconselhados a retirara de lá.

Na altura ainda não sabíamos, mas a Luna já era autista.

Pessoalmente penso que a criança autista já nasce predisposta para tal, e que ao contacto com alguns factores no meio ambiente o autismo aparece. Quais factores? Há várias teorias, mas nenhumas comprovadas. (ex: exposição a determinados componentes do ambiente, intolerância a metais, alergias, doença celíaca, vacinas, excessos de antibióticos, alterações súbitas no dia a dia…)


Por acaso, por volta dos 18 mês a Luna recebeu vacinas, teve uma grande mudança no dia-a-dia d ela (a ida dos tios e a entrada para o infantário), e foi a 1 vez que a Luna esteve mesmo doente e tomou várias medicações….Coincidência? Não sei….

3. Após receber a notícia de suspeita de autismo, dado por um médico aqui, em Portugal (pois na Inglaterra eles dizem que estava tudo bem com a Luna), voltamos para Portugal e fomos pesquisar e tentar descobrir o que era o autismo (na altura, não fazia a mínima ideia).

Lembro-me de entrar numa página da internet (não sei qual foi), e ler os sintomas do autismo. A cada frase que lia, via a minha filha descrita:

• Contacto visual fraco ao inexistente. (ainda me lembro da minha irmã lhe dizer “olha para a titi, quando a titi está a falar contigo”)

• Parece que não ouve. (podia estar ao lado da Luna e chamar por ela que ela nem mexia, mas bastava a começar a música dos teletebbies, ela podia estar do outro lado da casa, que em 1 segundo já estava na sala),

• Rodar sobre ela própria tempos sem-fim, sem nunca perder o equilíbrio,


• Crises de choro que fazia chorar toda a gente mas que ninguém entendia,

• Crises de riso (essas eu adorava), onde toda gente ria (sempre sem saber porquê),

• Fixação por certos desenhos animados (eu posso fazer de kenay e de Koda, conhece os aristocates de trás para frente…),

• Fixação por líquidos e água a correr (já passei horas, sim HORAS a lavar chão, cheio de fairy, uma verdadeira festa da espuma!!!)

• …..

4. Recebi a informação tipo um estalo e um balde de água fria ao mesmo tempo. Que falta de informação!!! Podia ter detectado muito mais cedo.

!!! Os sintomas do autismo deviam fazer parte do “livro do Bebé”!!!

Pronto, lá estávamos nós, já sabíamos o que era o autismo (mais ao menos), e fomos à guerra. Sorte nossa, a minha Tia Fernanda já conhecia o Projecto de intervenção precoce (pois ela tem uma filha com deficiência auditiva) e com 3 anos a Luna começou as terapias. Apesar de ter terapeutas excelentes, a Luna não se adaptava aos métodos utilizados, então decidimos procurar algo diferente e ai descobrimos o SON-RISE PROGRAM. (ver nas terapias)

Para mim foi um começo de novo, eu adoro a filosofia son-rise, não há limite ou barreiras para a aprendizagem.

A Luna é super receptiva ao programa. Ela mudou imenso, já não é a bebé que gritava, rebolava, saltava a toda a hora. Agora olha e reconhece as pessoas, participa em brincadeira, aceita e enquadrasse muito melhor no mundo a volte dela e o melhor para nós….

Já chama pela mamã e o papá….


Mas isso é só o começo….